tag:blogger.com,1999:blog-7509310387160277107.post4102034491500653909..comments2024-03-27T08:14:00.681-07:00Comments on JÁ JOGUEI NO GRÊMIO: GessyUnknownnoreply@blogger.comBlogger6125tag:blogger.com,1999:blog-7509310387160277107.post-47262751748171375342009-10-10T09:08:51.085-07:002009-10-10T09:08:51.085-07:00Ué, outro Gessi?!?!?!Ué, outro Gessi?!?!?!Jair Bernardeshttp://www.da-geral.blogspot.comnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7509310387160277107.post-99851202311483612009-07-03T16:25:40.671-07:002009-07-03T16:25:40.671-07:00Nota do Autor:
Excelente os textos.
Obrigado!Nota do Autor:<br /><br />Excelente os textos.<br />Obrigado!Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7509310387160277107.post-6685560281800458892009-07-03T11:11:57.851-07:002009-07-03T11:11:57.851-07:00Chega o dia do jogo. Mesmo de ressaca, Gessy desem...Chega o dia do jogo. Mesmo de ressaca, Gessy desembarca em Buenos Aires e participa da peleja. De ressaca? Sim, afinal ele havia passado nas provas e uma comemoração foi inevitável. Seu marcador foi Rattin. Antonio Ubaldo Rattin, uma das bandeiras do Boca de todos os tempos, um caudilho tenaz na marcação e distribuidor do jogo, como deveria ser o número 5 de então. Alguns anos antes, na sua estréia pelo clube azul e ouro, o jovem Rattin é figura de relevo contra um River Plate cheio de craques como Labruña, Nestor Rossi e Sívori. Mas Gessy não tinha vindo de tão longe para pouca coisa. Com quatro gols seus, o tricolor gela a Bombonera, fechando um capítulo de antologia dentro do nosso futebol. <br /><br />O ano segue. Surge o Aimoré de Carlos Froner: Suli, Soligo, Afonso, Toruca e Carlos; Mengálvio e Fernando; Telmo, Marino, Abílio e Gilberto Andrade. Em Nova Iorque, o sueco Ingemar Johansson derrota Floyd Patterson por nocaute no terceiro assalto, e é o novo campeão mundial na categoria peso-pesado. E Gessy continuaria a marcar gols sensacionais e a fazer jogadas estupendas, até cumprir sua promessa e encerrar a carreira com apenas 26 anos de idade. <br /><br />Lucio Saretta <br /><br />http://gremiolibertador.blogspot.com/Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7509310387160277107.post-40939126727806484742009-07-03T11:11:48.046-07:002009-07-03T11:11:48.046-07:00Segunda-feira, 26 de Março de 2007
O Tempo de Gess...Segunda-feira, 26 de Março de 2007<br />O Tempo de Gessy<br /> <br />Quando nas primeiras horas do ano de 1959, Fidel Castro e seu fiel escudeiro “Che” Guevara adentraram vitoriosos pelas ruas de Havana pondo fim à ditadura de Fulgêncio Batista, dava pra perceber que não seria um ano qualquer. Para Gessy, porém, o que importava eram as provas do vestibular para Odontologia. Enquanto acendia um cigarro, naquele janeiro quente e ensolarado, o jovem craque do Grêmio sabia que era peça importante na viagem do time a Buenos Aires. O compromisso era um amistoso contra o Boca Juniors, mas Gessy precisava fazer as provas. E agora? O moço de Uruguaiana pensava em pedir dispensa, que o Foguinho botasse outro em seu lugar. Só que seu Osvaldo Rolla não tinha a menor intenção de liberar Gessy. Ficou decidido que ele faria as provas e no dia seguinte iria para a capital da Argentina, em uma situação emergencial.<br /><br />Assim como no Brasil, no país vizinho respirava-se democracia. O presidente Arturo Frondizi governava com relativa serenidade e as atenções do povo podiam voltar-se para o futebol. O campeão da temporada seria o San Lorenzo, comandado por um artilheiro fantástico, José Sanfilippo. Isso não quer dizer que a parada seria fácil para o tricolor. O Boca do técnico José “El Charro” Manuel Moreno era uma equipe perigosa e matreira. Julio Elias Mussimessi, “El arquero cantor”, defendia o arco com a mesma habilidade com que vocalizava lindas canções correntinas. Mais à frente, uma linha média de arrepiar: Lombardo, Rattin e Mouriño. No ataque Osvaldo “Motoneta” Nardiello fazia belas tabelas com Javier Ambrois, um uruguaio que ficou famoso também no Brasil, atuando no Fluminense alguns anos antes. Já o Grêmio era o atual campeão gaúcho, e seu ataque com Gessy, Milton, Juarez e Vieira era um verdadeiro ninho de cobras.<br /><br />Gessy, alheio a tudo isso, sonhava. Seu caráter excêntrico era um complemento perfeito para o seu futebol. Autor de jogadas geniais, nunca deixava que suas façanhas lhe subissem à cabeça. Pouco comemorava os gols. Sua fisionomia era séria, seu pensamento um mistério. Não se sabe se naquele ano foi assistir ao filme “Orfeu Negro”, produção francesa que venceu a Palma de Ouro em Cannes. Embalada com temas de Tom Jobim , Antonio Maria e Vinícius de Moraes, essa história de amor tinha também a participação de Breno Mello, jogador de futebol campeão gaúcho com o Renner em 54. O último ano daquela década ainda traria consigo o desaparecimento de Heleno de Freitas, assim como Gessy, um craque de temperamento forte. E Billie Holiday partiria vítima de cirrose hepática, após breve período em um hospital no Harlem. Mas isso seria mais tarde. Por enquanto, o ano estava apenas começando, e Gessy só pensava no vestibular. Queria ser dentista e poder tomar sua cervejinha em paz. É claro que ele gostava do Foguinho, do Milton, do Juarez e de todo o ambiente do Grêmio. Mas sua decisão já estava tomada. Largaria o futebol para dedicar-se à odontologia.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7509310387160277107.post-76154293279250318572009-07-03T11:10:19.936-07:002009-07-03T11:10:19.936-07:00Ah! E Gessy foi aplaudido de pé pelos argentinos. ...Ah! E Gessy foi aplaudido de pé pelos argentinos. Não sabiam ele que, 20 anos mais tarde, aplaudiriam outro craque paradoxal: um tal Diego Armando Maradona!<br /><br />Em 1960, o Grêmio foi pentacampeão gaúcho e, no quadrangular final, seu ataque demolidor fez 27 gols em 6 partidas (sofreu só 3). Gessy fez 10 e Juarez Tanque, 8. Dezoito dos 27 foram dessa incrível dupla de ataque. Ah! Na final, o Grêmio fez 7 a 0 no Pelotas. Era fraco o Grêmio do Foguinho?<br /><br />Em 1961 e 1962, Gessy foi jogar na Portuguesa de Desportos. Se formou, então, em Odontologia e abandonou o futebol aos 26 anos. Abandonou mesmo. Não aceitava nem dar entrevistas. E talvez por isso saiba-se tão pouco deste CRAQUE PARADOXAL. O cara que, mesmo não gostando de jogar futebol, transformou-se num dos maiores jogadores da história do clube mais imortal do mundo.<br /><br />Pois é. Agora, na próxima quarta-feira, o Grêmio começa a decidir mais uma Libertadores. E será contra o Boca, na Bombonera. É mais um desafio imenso para o Imortal. Mas o desafio do Boca também é enorme. Afinal, vai enfrentar o Grêmio. O clube de Gessy Lima. Que podia não gostar muito de jogar futebol, mas sabia fazê-lo como poucos. E sabia calar a Bombonera também. <br /><br />http://www.finalsports.com.br/colunas_dupla/gremio.phpAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7509310387160277107.post-20657567214512727802009-07-03T11:10:08.135-07:002009-07-03T11:10:08.135-07:00Gessy Lima e o Boca Juniors.
Por Roberto Mosmann
...Gessy Lima e o Boca Juniors. <br />Por Roberto Mosmann<br />09/06/2007-02:43:19<br /><br /><br />Ele está em todas as seleções de todos os tempos do Grêmio. Mesmo assim, pouco se conhece dele. Vou contar o que sei.<br /><br />Uruguaiana. Poucas cidades no mundo podem se orgulhar tanto de ter dado a um clube de futebol três jogadores do nível que Uruguaiana deu ao Grêmio. Foram simplesmente: Eurico Lara, Chico (o Chico Aramburu, ponta esquerda da seleção de 50 e até hoje um dos maiores ídolos da historia do Vasco. Foi revelado no Grêmio, onde atuou na década de 40) e Gessy Lima, o CRAQUE PARADOXAL. Coisas e apelidos que os antigos inventavam. Gessy era o craque paradoxal porque, apesar de ser um dos maiores jogadores da história do Grêmio e do Rio Grande do Sul, ele simplesmente não gostava de jogar de futebol. Mas tinha tanta "bola no corpo" que ninguém ligava para isso. <br /><br />Não vi Gessy jogar (pena), mas vi seu sucessor – João Severiano, o Joãozinho! Bah, o Joãozinho jogava muito, muito mesmo. Chegou à seleção. E aí perguntava para meu pai: "pô o tal Gessy não pode ser melhor que Joãozinho?" E meu pai dizia: "Mas era, sim. E era muito melhor. Foi o jogador mais habilidoso e talentoso que já vi no Grêmio". Meu tio, que era Joãozinho também, concordava.<br /><br />Os dois diziam que Gessy era um cara que driblava sempre em linha reta, procurando o gol, e era "cerebral". Além de fazer muitos gols, era o "garçom" do time. Dava passes açucarados para Juarez, o Tanque, tornar-se uma lenda viva do Grêmio. Era também o "rei do paninho"(paninho é como a gente chamava aquele driblezinho curto e humilhante, que se dá no espaço de uma lajota) e "rei da janelinha". Não passava um jogo sem que Gessy aplicasse três ou quatro "canetas" nos adversários.<br /><br />Eu ouvia isso e pensava "caraca! Era bom esse Gessy".<br /><br />Em 1955, ele veio para o Grêmio, e Foguinho o dispensou. Meses depois, o Grêmio foi jogar eu Uruguaiana, contra o Ferro Carril, e o cônsul gremista de lá apostou com Ari Delgado, dirigente tricolor: "Gessy vai fazer dois gols, driblando Airton (Pavilhão) e Enio Rodrigues". Pois não é que fez? Veio direto para o Grêmio. Jogou de 1956 a 1960 e foi pentacampeão gaúcho (ganhou todos que disputou).<br /><br />Gessy era estudante de Odontologia (só podia, né? Gessy é famosa marca de creme dental também) e também boêmio. Fumava para caramba (Osvaldo Rolla ficava louco com isso). Em 1959, Gessy tinha provas para o vestibular de Odonto. O Grêmio foi jogar em Montevidéu e, depois, Buenos Aires. Ele ficou fazendo provas. Passou no vestibular e tomou todas. Porém, estava combinado que iria para Buenos Aires enfrentar o Boca. E ele foi. Desceu do avião ainda "mamado". O dirigente Ari Delgado tratou de escondê-lo de Foguinho. Gessy dormiu até a hora da partida. Pois bem: no jogo, ele arrebentou. Fez quatro gols, e o Grêmio ganhou do Boca Juniors de 4 a1. Foi a primeira derrota do Boca na Bombonera para um clube estrangeiro. Esse é mais um dos muitos méritos do nosso Imortal.Anonymousnoreply@blogger.com